domingo, 21 de agosto de 2011

Audi


Logótipo do construtor alemão Audi

A marca de automóveis alemã Audi foi criada em 1910 por August Horch, que já fabricava carros desde 1899. Audi é a tradução em latim para a palavra Horch.

Os quatro anéis que formam o símbolo da marca surgiram em 1932, ano em que à Audi se associaram as marcas Horch, DKW e Wanderer para formar a Auto Union, empresa que deu o nome aos carros até 1965. A era moderna da Audi começou nesse ano, com o lançamento do modelo DKW F102, ao mesmo tempo que a Auto Union era comprada pelo grupo Volkswagen (VW).

Em 1968, com o lançamento do Audi 60, um carro de tracção dianteira, surgiu o primeiro veículo que usava apenas o nome da marca. Este modelo deu origem a diversos outros, que mudavam de designação consoante a potência do motor.

Quando a Volkswagen comprou a Auto Union tinha por objectivo principal utilizar a fábrica de Ingolstadt, junto a Munique, para produzir mais exemplares do popular "carocha". No entanto, na Audi a ideia era outra e os engenheiros da marca desenvolveram em segredo o Audi 100, um novo e volumoso carro. Este modelo acabou por agradar aos responsáveis da VW que autorizaram a sua produção a partir de 1969. A versão desportiva Coupé S, lançada nesse mesmo ano, tornou-se um carro de culto.

Em 1969 voltou a haver uma mudança na estrutura da marca que passou a designar-se Audi NSU Auto Union AG, embora continuasse na posse da Volkswagen. A Audi, contudo, continuou a ter autonomia para criar os seus próprios modelos, embora a VW aproveitasse os novos conceitos para aplicar nos seus carros.

Em 1972 a Audi concebeu o Audi 80, um carro de tamanho médio, destinado a substituir a série 60-90. O Audi 80 foi o primeiro da marca a ter um modelo semelhante na Volkswagen, com a mesma base, no caso o Passat. O Audi 80 foi eleito o carro do ano em 1972.

Em 1974 a marca alemã tentou criar um automóvel pequeno e apresentou o modelo 50, mas este teve pouco sucesso e deixou de ser fabricado após quatro anos de comercialização.

Mais bem sucedida foi a introdução em 1980 do Audi Quattro, carro de ralis de tracção integral, que somou diversas vitórias no campeonato mundial. Com este carro a Audi ganhou o Mundial de Ralis em 1982 e 1984 e o Mundial de Pilotos em 1983.

Ainda em 1983, saiu para comercialização o famoso Audi 80 Quattro, dotado de um sistema de tracção às quatro rodas que fez história na época, depois de ser testado nos carros de ralis. A partir de 1985 todos os modelos da Audi passaram a ter versões Quattro.

Nesse mesmo ano, a empresa mudou de nome, desta vez para Audi AG, numa altura em que a marca era já sinónimo de carros seguros e com tecnologia avançada.

A Audi tornou-se cada vez mais autónoma da VW e na década de 90 substituiu todos os modelos existentes por outros com a designação A, nomeadamente o pequeno A3, o médio A4, o grande A6 e o luxuoso A8. Mais tarde surgiu o compacto A2 e o desportivo TT, eleito carro do ano em Portugal em 1999.

Renault

Logótipo do construtor francês Renault

A marca francesa de automóveis Renault foi fundada em 1899 pelos irmãos Marcel, Louis e Fernand Renault, que em Junho desse ano apresentaram no Salão Automóvel de Paris dois modelos, o tipo A e o tipo B. Ambos tinham motores de 450 cc e só nesse ano foram produzidos 76 carros.

Em 1901, apresentou os modelos D e E e abriu uma fábrica nova na Bélgica.

No ano seguinte, foi construído o primeiro motor Renault, que permitiu aos irmãos vencer a corrida Paris-Viena, disputada entre França e Áustria.

Em 1903, na corrida Paris-Madrid (Espanha), Marcel Renault morreu num acidente que vitimou ainda dez pessoas do público.

A nível de carros de estrada o sucesso da Renault manteve-se e em 1906 arriscaram a lançar o primeiro autocarro da marca. No ano seguinte, a Renault começou a fazer motores para aviões.
Fernand Renault morreu em 1909, restando apenas Louis que resolveu então mudar o nome de Irmãos Renault para Automóveis Renault.

Em 1913, a Renault já produzia dez mil viaturas por ano, mas, no ano seguinte, começou a Primeira Guerra Mundial, que durou até 1918. A Renault foi obrigada a reconverter as suas fábricas e construiu tanques para o exército francês.

Só em 1920 foi apresentado um modelo novo de automóveis, o Renault 10 CV, seguido do 6 CV em 1922.

Em 1925 surgiu o popular 40 CV, o primeiro a usar o símbolo em forma de diamante que ainda hoje se mantém.

Dois anos mais tarde, foi apresentado o Monasix que, depois de ter sido melhorado a nível de motorização, em 1928 se tornou num grande sucesso da marca. Na década de 60, ainda havia carros destes a circular em Paris, alguns deles com mais de um milhão de quilómetros percorridos.

Em 1938, Louis Renault visitou Berlim, na Alemanha, onde conheceu o projecto do Volkswagen "Carocha". Ficou de tal modo impressionado que quis produzir um carro parecido. No entanto, como em 1939 começou a Segunda Guerra Mundial, a produção parou e os ocupantes alemães obrigaram a Renault a trabalhar para o exército germânico. Às escondidas, a fábrica desenvolveu o protótipo do Renault 4CV, que ficou pronto em finais de 1942.

Em 1944, Louis Renault foi preso acusado de ter colaborado com os alemães e viria a morrer em Outubro desse ano, enquanto decorriam as investigações.

Em Janeiro de 1945, a Renault foi nacionalizada e mudou o nome para Regie Nationale des Usines Renault.
Durante a guerra, que terminou em 1945, as fábricas produziram material militar e só em 1946 foi retomada a produção de carros de passageiros.

No ano seguinte, foi finalmente lançado o Renault 4Cv que viria ser um dos carros mais importantes da história do automóvel, dado o sucesso que alcançou.
Em 1960 foi lançado o Alpine 110 "Tour de France", um modelo de características desportivas muito popular.

Em 1961 o Renault 4CV, que vendeu para cima de um milhão e cem mil unidades, foi substituído pelo Renault 4, que viria a vender mais de 8 milhões.

No ano seguinte foi lançado o R8, primeiro carro de produção em série com travões de disco nas quatro rodas.

Em 1965 foi lançado o R16, que viria a ser o primeiro da Renault a ganhar o título de Carro do Ano.

O Renault 12, apresentado em 1969, foi outro grande sucesso da marca francesa, embora não superasse o Renault 5, um pequeno carro que surgiu em 1972, que foi um dos maiores sucessos de sempre da Renault.

Na década de 80, surgiram novos modelos da Renault que fizeram bastante sucesso, são os casos do R9, do R11, do R19 e do Super5 que em 1985 substituiu o R5 e continuou o seu tremendo êxito. Em 1984 é lançada a Espace, um MPV (multi-purpose vehicle) desenvolvido pela Matra e comercializado pela marca gaulesa.

Em 1991, a Renault decidiu terminar com a designação dos carros por números. O primeiro modelo a ter nome foi o Clio, sucessor do Super5, que ganhou também o prémio de Carro do Ano.

A década de 90 ficou marcada pelo aparecimento de modelos como o Safrane, o Laguna e o Megane, assim como da segunda versão do Clio, já em 1998.

Tanto o Clio como o Megane continuaram a ser produzidos depois do ano 2000, após remodelações sistemáticas.

Fiat

Logótipo do construtor italiano Fiat

A marca italiana de automóveis Fiat foi fundada a 11 de Julho de 1899, em Turim, com a formação da sociedade anónima Fabrica Italiana de Automóveis de Turim (FIAT).

O primeiro carro a ser construído foi o 4HP, que tinha um motor de 679cc e atingia uma velocidade de 35 quilómetros por hora. Ao todo foram feitos 25 automóveis deste modelo. Seguiram-se o modelo 8HP (o primeiro com motor à frente), o 10HP e o 12HP. Este último foi exportado para o resto da Europa e para os Estados Unidos da América. Paralelamente, a Fiat também se dedicou à produção de camiões, autocarros, eléctricos e motores para barcos e aviões.

Em 1910, e num único ano, foram apresentados seis novos modelos da marca.
 
Dois anos depois, o Fiat Zero foi o primeiro carro da marca a ser produzido em série, tendo sido fabricados 2000 exemplares até 1915. Com a chegada da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Fiat passou a dedicar-se à construção de camiões militares.

Em 1919 deu-se o regresso à produção automóvel com o lançamento de vários modelos, entre os quais se destacou o Fiat 501, pequeno carro que até 1926 vendeu 45 mil unidades.

Dois anos depois, surgiu o chamado Superfiat, com uma cilindrada de 6805cc. Ainda em 1921 a marca italiana fundou a Fiat Polónia.

Esta década ficou marcada por carros como o 519 e o 509 (que venceu o Rali de Monte Carlo em 1928), entre outros.

Em 1932 surgiu o modelo 508 Balilla que, após uma renovação em 1934 somou mais de 110 mil unidades vendidas.

Em 1935, o novo Fiat 1500 foi o primeiro carro da marca a tirar benefícios da aerodinâmica, tendo sido desenvolvido através do recurso a um túnel de vento. O carro foi comercializado até 1948.

Entretanto, em 1936 foi apresentado o Fiat 500 Topolino, na altura o mais pequeno carro do mundo fabricado em série. Tornou-se num dos carros mais populares de sempre da marca de Turim e até 1948 foram vendidos mais de 120 mil exemplares desta viatura com cerca de 600cc.

Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, em 1939, a Fiat voltou a dedicar-se à produção de viaturas militares. Os anos seguintes ao final do conflito (1945) ficaram marcados por lançamentos de carros desenvolvidos antes de 1939. Só em 1950 surgiu um modelo completamente novo, o 1400, a que se seguiu, dois anos depois, um modelo maior, o 1900. Pelo meio, em 1951, a Fiat lançou um carro com tracção integral, o Campagnola, com características de jipe.

Em 1953 a marca italiana estreou-se nos carros a gasóleo, lançando o modelo 1400 diesel.
O Fiat 600, outro popular modelo da marca, foi apresentado em 1955 e atingiu um recorde de vendas de 950 mil unidades até 1960. Várias versões deste modelo continuaram a ser produzidas até 1969, totalizando cerca de 2,7 milhões de carros vendidos. Entretanto, uma nova versão do Fiat 500 surgiu em 1957 e só saiu do mercado em 1975.

Os travões de disco foram introduzidos pela Fiat em 1961 quando surgiram os modelos 1300 e 1500.
A década de 60 ficou ainda marcada pelo aparecimento do 124, eleito em 1967 Carro do Ano, e do Dino Spider, um desportivo concebido com a ajuda da Ferrari.
O modelo 128, de 1969, foi o primeiro da marca com tracção dianteira e surgiu no ano em que a Fiat comprou a Lancia, outra construtora italiana.
 
Em 1971 foi lançado um novo modelo bastante popular da marca, o 127, e no ano seguinte surgiu o desportivo X1/9, desenhado pelos estúdios Bertone, e o pequeno 126.

Já em 1974 apareceu o 131, que viria a ser um grande campeão em termos de Mundial de Ralis, seguindo-se o lançamento de diversos modelos bem sucedidos, como o Panda, em 1980, e o Uno, em 1983. Este foi apresentado nos Estados Unidos da América, no Cabo Canaveral, onde há uma famosa base de lançamento de foguetões espaciais. O Fiat Uno serviu para introduzir o motor Fire 1000, tido por revolucionário em termos de protecção do ambiente. O carro vendeu mais de seis milhões de unidades em todo o mundo.

Em 1984, a Fiat juntou mais uma marca italiana ao seu grupo, ao adquirir a Alfa Romeo.
Cinco anos depois lançou o Fiat Tipo, também eleito Carro do Ano.
Em 1994 comprou a Maserati, marca italiana de carros desportivos.
No ano seguinte, lançou o inovador Punto para substituir o Uno. Também o Punto foi eleito Carro do Ano.
No final da década de 90, a Fiat lançou o Palio, carro que se podia adaptar facilmente às características de diferentes mercados, e encontrou assim uma forma de enfrentar a forte concorrência que se vivia no sector automóvel.

Aston Martin

Logótipo do construtor inglês Aston Martin

A empresa inglesa de automóveis Aston Martin foi fundada em 1914 por Lionel Martin e Robert Barnford, numa pequena oficina dos arredores de Londres, um ano depois de os dois terem formado a Bamford & Martin Limited para comercializar carros Singer.
 
A designação Aston Martin surgiu pela junção do nome do fundador Lionel Martin com o facto dos carros desta dupla obterem bons resultados nas corridas disputadas na época em Aston.
Lionel Martin quis fazer carros de qualidade que combinassem boas performances com bom aspecto. Em Março de 1915 foi registado o primeiro veículo com o nome Aston Martin.

Em 1920 a dupla começou a construir carros de corrida para o Conde Zborowski, que financiou a construção de duas viaturas para correr em 1922 no Grande Prémio de França.
A marca começou a ganhar prestígio nas corridas e em 1924 um modelo Aston Martin chamado "Bunny" bateu dez recordes do mundo de velocidade.

Em 1925 Lionel Martin deixou a empresa, numa altura em que a família Charnwood era maioritária na posse da Aston Martin. No ano seguinte, Lord Charnwood aliou-se a Augustus Cesare Bertelli e William Somerville Renwick para formar a Aston Martin Motors, sediada em Middlesex. O sucesso da marca nesta altura sustentava-se no modelo Aston Martin International, tanto a nível de competição como de comportamento em estrada.

Em 1932 a marca voltou a mudar de dono, passando para a posse de Sir Arthur Sutherland. O modelo International foi substituído pelo Le Mans e, posteriormente, pelo Ulster. A partir de 1936 começou a ser estudado um novo carro, conhecido por Atom, mas que nunca viria a ser construído em série porque entretanto eclodiu a Segunda Guerra Mundial. De qualquer forma acabou por servir de base para a construção de vários modelos da Aston Martin.

Em 1947 a Aston Martin foi adquirida por David Brown que tinha uma paixão por carros muito potentes. Assim, ainda nesse ano, comprou a marca Lagonda, que construía motores para competição. Nasceu dessa forma o Aston Martin Lagonda que fez sucesso nas pistas e nas estradas. Mais tarde o modelo principal adquiriu a designação DB, as iniciais de David Brown.

Em 1963 a Aston Martin decidiu abandonar as corridas devido ao elevado custo que estas implicavam e dedicou-se apenas à construção de carros de série. A Aston Martin entrou numa nova era de grande sucesso, tornando-se numa marca de enorme prestígio internacional, tendo sido escolhido o modelo 4 litros DB5 como carro de James Bond nos filmes de 007.

Em 1976 surgiu um Lagonda totalmente novo, numa altura em que a empresa já pertencia ao norte-americano Peter Sprague e ao canadiano George Minden, que se tornou num grande sucesso comercial, dando origem a versões mais potentes.

Em 1981 a empresa foi de novo vendida, o mesmo acontecendo em 1984, passando a ser propriedade de Peter Livanos. Dois anos depois, foi feita uma parceria com uma empresa italiana de design e foi criado o modelo Vantage Zagato, do qual só foram construídos 50 carros. No ano seguinte, 1987, James Bond voltou a utilizar carros Aston Martin, numa altura em que a Ford comprou 75 % das acções da marca inglesa.

A Ford investiu bastante na Aston Martin, criando uma série de novos modelos, até atingir o expoente máximo em 1995, ano em que foram vendidos 700 automóveis da marca.

James Cameron

Realizador e argumentista do cinema norte-americano, James Francis Cameron nasceu a 16 de Agosto de 1954, em Kapuskasing, Ontario, no Canadá. Em 1971, foi viver para os Estados Unidos e tirou o curso de Física na California State University. No entanto, era no mundo do cinema que queria trabalhar. Conseguiu o seu primeiro trabalho em 1980 como director artístico, criando as miniaturas para os cenários de um filme.

Daí passou à realização. Depois de um primeiro filme que não alcançou grande popularidade, Cameron escreveu e realizou The Terminator (Exterminador Implacável, 1984), um thriller de acção sobre uma guerra futurista entre a raça humana e máquinas feitas pelo homem à sua semelhança, que foi um enorme êxito de bilheteiras e lançou não só o realizador como também o protagonista, Arnold Schwarzenegger, para a fama.

Seguiram-se outros estrondosos sucessos dentro do género em que é especialista - filmes de ficção científica e acção, repletos de efeitos especiais - como Aliens (Aliens, o Recontro Final, 1986), The Abyss (O Abismo, 1991), um filme que se passa em grande parte dentro de água e que ganhou o Óscar para a categoria de Melhores Efeitos Especiais, Terminator 2: Judgment Day (Exterminador Implacável 2: o Dia do Juízo Final, 1991), possuidor de efeitos especiais revolucionários que, por si só, foram um verdadeiro chamariz de espectadores às salas de cinema, e True Lies (A Verdade da Mentira, 1994), que, juntamente com o anterior, tem Schwarzenegger como protagonista. James Cameron conseguiu uma imagem de marca em Hollywood como o realizador de estrondosos êxitos de bilheteira que aliam prodígios técnicos ao sentimento humano. O maior exemplo disso é Titanic (1997), a trágica história do desafortunado transatlântico, onde se combinam efeitos especiais notáveis com uma história de amor. O filme foi tão caro que obrigou Cameron a utilizar grande parte do seu salário para o financiar, mas, em contrapartida, foi o mais rentável da História do cinema, ultrapassando os 600 milhões de dólares de receitas apenas nos EUA, recebendo também um recorde de nomeações para os Óscares de 1997, catorze no total, tendo acabado por ganhar onze, entre os quais os de Melhor Filme e Melhor Realizador. Nesta última categoria, James Cameron foi igualmente galardoado com um Globo de Ouro.

Estádio da Luz

Estádio da Luz, do Sport Lisboa e Benfica, em Lisboa, foi inaugurado a 25 de Outubro de 2003

O Estádio da Luz, construído de raiz numa zona adjacente ao estádio que o precedeu, continua a ser o maior estádio do país, com capacidade para 65 000 lugares sentados, totalmente cobertos. A obra, cumprindo todas as normas de segurança exigidas pela UEFA, recebeu a classificação de cinco estrelas. Todos os pormenores do estádio foram pensados pelo arquitecto Damon Lavelle, incluindo o aproveitamento da luz natural, as condições acústicas e a sensação de proximidade do relvado. Este estádio, cuja obra foi promovida pelo Sport Lisboa e Benfica / Benfica Estádio, S.A., foi inaugurado a 25 de Outubro de 2003. Nele ocorreram, durante o Euro 2004, os jogos (da fase de grupos) França - Inglaterra, Rússia - Portugal e Croácia - Inglaterra, nos dias 13, 16 e 21 de Junho, respectivamente. Este estádio foi também palco de um dos jogos dos quartos-de-final, o Portugal - Inglaterra realizado no dia 24 de Junho, e recebeu ainda a final do torneio no dia 4 de Julho, que pôs frente-a-frente as selecções portuguesa e grega

UEFA

Confederação regional da Federação Internacional de Futebol, a UEFA - sigla de Union of European Football Associations (União das Associações Europeias de Futebol) - foi fundada a 15 de Junho de 1954, na Suíça. O seu primeiro secretário-geral foi o francês Henri Delaunay e o seu primeiro presidente foi o suíço Ebbe Schwartz. Como órgão administrativo do futebol europeu, tem como objectivos fundamentais incentivar o desenvolvimento do futebol europeu em todas as suas vertentes e promover a defesa de princípios de unidade e solidariedade como: a divulgação da modalidade, facilitando o seu acesso sem prejuízo do sexo, religião ou raça; a promoção de valores como o fair play e o anti-racismo; a prestação de auxílio financeiro a associações menos privilegiadas; a manutenção do bom relacionamento com as outras confederações continentais, etc.

Embora seja uma associação europeia, alguns dos seus membros são federações de países asiáticos, tal como acontece, por exemplo, com Israel, Chipre e Arménia.

A competição mais mediática e popular organizada pela UEFA é a Liga dos Campeões Europeus (Champions League), mas também são da sua responsabilidade a Taça UEFA, a SuperTaça e o Campeonato de Futebol Europeu, entre outras competições.

Futebol Clube do Porto


O Futebol Clube do Porto foi fundado por Nicolau de Almeida a 28 de Setembro de 1893, no Porto, com o único objectivo da prática de futebol. Em 1906, após um breve interregno de um ano, o dirigente José Monteiro da Costa deu um novo e definitivo impulso ao FCP, passo importante para o enraizamento do Clube. Para além do reforço no âmbito do futebol, começaram-se a praticar no clube modalidades como o ténis, o boxe, o atletismo, o halterofilismo e a natação. José Monteiro da Costa foi eleito presidente da direcção do FCP a 9 de Fevereiro de 1907, na primeira Assembleia Geral do Clube.

Na altura, a sede encontrava-se na única instalação própria do FCP que era o Campo da Rainha, na Rua da Rainha (actualmente Antero de Quental) nº 371.

Em 1910, em regulamento interno com carácter estatutário, o Futebol Clube do Porto definiu por completo o seu emblema: a bola de futebol azul com linhas brancas e a sigla FCP com a figura do Dragão - um símbolo de misticismo e de poder. Nesse ano iniciou-se, também, a secção de ginástica e o ténis de mesa.
Guilherme do Carmo Pacheco foi o presidente do biénio 1911/12, vindo a ser nomeado, em 1913 o primeiro sócio honorário do FCP. Foi nesse ano que o Futebol Clube do Porto ganhou a sua primeira taça: "Taça União do Norte". À data o clube era presidido por Joaquim Pereira da Silva, que ordenou a transferência da sede da Rua da Rainha para o Campo da Constituição.

1916 foi o ano da grande vitória do FCP na "Taça Monteiro da Costa", considerada o Campeonato do Norte de Portugal. Esta prova começou na época de 1910/11 e terminou com a última prova em 1915/16, tendo o clube obtido quatro vitórias em cinco possíveis. Era então presidente António Borges. De 1917 a 1920 passou pela direcção do clube Henrique Mesquita.

O primeiro campeonato de pólo aquático foi ganho em 1921, durante a presidência de António Cardoso Pinto de Faria. Mas foi Eurico de Brites, presidente do clube em 1922/23, que testemunhou a primeira conquista do Campeonato de Portugal de Futebol dessa mesma época. Em 1926 iniciou-se a modalidade do hóquei em campo; era presidente Afonso da Silva Brandão Freire Themudo.

O Futebol Clube do Porto foi declarado Instituição de Utilidade Pública por Decreto de 13 de Março de 1928, para o qual muito contribuiu todo o esforço empreendido pelo seu presidente, na altura, Urgel Horta. Com a presidência de Sebastião Ferreira Mendes em 1932/34 iniciou-se a prática de andebol no clube. Em 1932/33 o FCP venceu o Campeonato de Portugal em Futebol e a sede do clube foi transferida oficialmente para o n.o 351 da Praça do Município (hoje Praça General Humberto Delgado).

O presidente do clube em 1934/36, Eduardo Dumont Villares, viu a sua equipa de futebol vencer o Campeonato da 1.a Liga (Época 1934/35) em Futebol Sénior e, por duas vezes, o Campeonato de Portugal em Futebol (Épocas 1934/35 e 1936/37) - prova antecessora da Taça de Portugal. Em 1938 o Dr. Ângelo César assume a presidência e o FCP vence o primeiro Campeonato Nacional da 1.a Divisão em Futebol (Época 1938/39). No ano seguinte (1939/40), com o Dr. Augusto Pires de Lima na presidência do clube, o FCP sagra-se novamente Campeão Nacional em Futebol. Em 1943 é fundada a secção de voleibol com o Dr. Cesário Bonito, como presidente.

Já em 1952, e novamente com Urgel Horta a presidir o clube, é inaugurado o Estádio das Antas. Em 1955, e também sob o signo de um dirigente do passado que voltava à presidência - Cesário Bonito - inicia-se a modalidade de hóquei em patins.

O FCP acaba por ganhar o campeonato do Nacional de Futebol (Época 1955/56), vence a Taça de Portugal em Futebol (Época 1955/56) e disputa contra o Atlético de Bilbau o seu primeiro jogo das competições europeias. Na Época 1957/58 o FCP vence novamente a Taça de Portugal em Futebol e a 3 de Agosto desse mesmo ano é inaugurado o primeiro relvado para treinos. Em 1959/60 preside ao clube Luís Ferreira Alves, altura em que foi criada a secção de desportos motorizados. De 1961 a 1964 José Maria do Nascimento Cordeiro foi o presidente do clube, foi ele quem inaugurou a iluminação artificial do Estádio das Antas, concretamente no ano de 1962. Afonso Pinto de Magalhães, presidente de 1967/71, fundou logo no primeiro ano do seu mandato a secção de xadrez.

No ano de 1968 o FCP venceu a Taça de Portugal em Futebol, pela nona vez o Campeonato Nacional de Andebol de Sete e inaugura as piscinas olímpicas a 18 de Agosto desse mesmo ano. Em 1972 sobe à presidência Américo de Sá que se manteve por 9 anos, até 1981. Durante o seu reinado foi inaugurado, em 1973, o Pavilhão Gimnodesportivo do FCP e no último ano, em 1981, foi inaugurada a actual sede do clube - o Estádio das Antas. Em 1975, o FCP vence pela 25.ª vez o Campeonato de Andebol de 11 (Sénior), e passado dois anos soma mais um título de vencedor da Taça de Portugal em Futebol. Na Época seguinte, 1977/78 é Campeão Nacional de Futebol e triunfa também no Campeonato de Hóquei em Campo, pela oitava vez. Em 1978/79, arrecadou novamente o ceptro de Campeão Nacional de Futebol. No ano de 1980 vence, pela quarta vez, a Taça de Portugal em Andebol de Sete, e em 1981 vence a Supertaça "Cândido de Oliveira" em Futebol e a Taça de Portugal de Hóquei em Campo pela segunda vez.
Em 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa assume a presidência do Futebol Clube do Porto e sai a primeira edição da revista oficial do clube: "Dragões". Neste ano, começam as épocas de ouro e consagração do FCP. Venceu, a Taça dos Vencedores das Taças em Hóquei em Patins, a primeira Taça europeia conquistada pelo clube. Em 1983 vence novamente a Taça dos Vencedores das Taças em Hóquei em Patins, a Supertaça "Cândido de Oliveira" e o Campeonato Nacional de Basquetebol. Nesse mesmo ano o avançado do FCP, Fernando Gomes, sagra-se o melhor goleador Nacional e Europeu com 36 golos.
A Época de 1983/84 ficou marcada, no âmbito nacional, com a vitória na Taça de Portugal em Futebol e na Supertaça "Cândido de Oliveira" e, no âmbito internacional, com a chegada a uma final europeia na prova da Taça das Taças, tendo perdido o jogo para a Juventus de Itália. Na época seguinte (1984/85) arrecada mais um ceptro de Campeão Nacional de Futebol. Fernando Gomes, sagra-se Bota D' Ouro pela segunda vez, com 32 golos concretizados. Em 1986 é novamente Campeão Nacional de Futebol, vence a Supertaça e é campeão Europeu de Hóquei em Patins.

A 27 de Maio de 1987, o FCP atingiu o seu apogeu ao sagrar-se Campeão Europeu de Futebol, ao vencer na final, em Viena de Áustria, o Bayern de Munique por 2-1. Depois de vencer a Taça dos campeões Europeus, conseguiu ainda triunfar na Taça Intercontinental em Tóquio, vencendo na final o Peñarol de Montevideu por 2-1.

A 13 Dezembro de 1987 o FCP podia ostentar o título máximo: Campeão Mundial de Clubes de Futebol. No hóquei em patins venceu a Supertaça Europeia e no atletismo obteve alguns êxitos com excelentes prestações de atletas como Aurora Cunha (no Campeonato Mundo de Estrada) e Fernanda Ribeiro (nos 3000 metros do Campeonato da Europa de Juniores).

O FCP desde então passou por um período de óptimos desempenhos que o levou, até ao final do século XX, a ganhar mais nove títulos de Campeão Nacional de Futebol da primeira divisão (cinco consecutivos), quatro vitórias na Taça de Portugal, seis vitórias na Supertaça Nacional "Cândido de Oliveira" e outros êxitos nas diferentes modalidades como hóquei em patins, basquetebol, andebol, atletismo e natação.
Em 1997, o departamento de futebol passa a ser gerido e administrado pelo Conselho directivo da SAD (Sociedade Anónima Desportiva) do FCP, continuando a ser presidente Pinto da Costa.
Os dois clubes pioneiros em Portugal na criação das SADs para a gestão do seu futebol foram o Futebol Clube do Porto e o Sporting Clube de Portugal, vendo em 1998 as acções do seus clubes cotadas no segundo mercado da Bolsa de Valores.

Em 1998/99, o FCP conquista pela quinta vez consecutiva o Campeonato Nacional de Futebol, já após ter vencido o tri-campeonato. O clube regista assim um feito inédito, reforçado por um rol de títulos conquistados em modalidades de alta competição como andebol, basquetebol, hóquei em patins e natação.
Na época 2002/2003, vence o Campeonato Nacional (Superliga), a Taça UEFA (ao derrotar o Celtic de Glasgow por 3-2, em Sevilha) e a Taça de Portugal (vencendo o União de Leiria). Com isso, conseguiu dois feitos inéditos no futebol português: tornou-se o primeiro clube a conquistar a Taça UEFA e a vencer as três principais competições num mesmo ano.
No dia 16 de Novembro de 2003, o Futebol Clube do Porto inaugurou o seu novo estádio, o Estádio do Dragão, futuro palco da inauguração do Euro 2004. No jogo que se seguiu à festa de inauguração o FC Porto venceu o Barcelona por 2-0. A 26 de Maio de 2004 sagrou-se campeão da Europa derrotando o Mónaco FC, em Gelsenkirchen, por 3-0. Venceu a Supertaça no dia 20 de Agosto, no Estádio Municipal de Coimbra, derrotando o Benfica por 1-0.

No dia 12 de Dezembro de 2004, o FC Porto recebeu, pela segunda vez, a Taça Intercontinental, ao vencer a equipa Once Caldas, da Colômbia, por 8-7, num jogo que ficou decidido em penalties após prolongamento. Em 2006, conquistou a 5.ª "dobradinha" ao juntar a 13.ª vitória na Taça de Portugal ao seu 21.º título no principal escalão do futebol português. Em 2007, num dos mais disputados campeonatos de sempre, o FC Porto conquista o 22.º título nacional.

Sport Lisboa e Benfica

Emblema do Sport Lisboa e Benfica

Em Lisboa, na freguesia de Belém, Cosme Damião, juntamente com um grupo de amigos do bairro praticantes habituais de futebol, deu início à vida de um clube, ao marcar um treino para 28 de Fevereiro de 1904. Nesta data surgiu o Sport Lisboa, embrião do futuro Sport Lisboa e Benfica. Dois anos depois, fundava-se o Sport Clube de Benfica, com quinze sócios apenas, mas que passou a dispor de um campo de jogos na Quinta da Feiteira. Da fusão de ambos os clubes nasce, a 13 de Setembro de 1908, o Sport Lisboa e Benfica.

A nova agremiação, essencialmente vocacionada para o futebol adoptou o equipamento do Sport Lisboa: camisola encarnada e calção branco. Para além do futebol, praticavam-se no clube modalidades como o atletismo e o ciclismo, onde se distinguiram, respectivamente, Francisco Lázaro, falecido quando corria a Maratona Olímpica de 1912, Luís Gato e Alfredo Piedade. Mas a popularidade crescente do futebol determinava que, em 1913, o clube inaugurasse o seu novo campo - o Parque de Sete Rios, em Palhavã. Três anos mais tarde, o clube mudava novamente as suas instalações e a sede, para a Avenida Gomes Pereira, em Benfica. Cândido Oliveira e António Ribeiro dos Reis foram dois desportistas que se destacaram nesta altura no futebol benfiquista e, posteriormente, no desporto nacional.

Os primeiros títulos nacionais de futebol foram obtidos com as vitórias nos Campeonatos de Portugal, de 1929/30 e de 1930/31, que projectaram também um dos primeiros ídolos dos benfiquistas - o avançado e goleador Vítor Silva. No Campeonato da Primeira Liga concretizaram-se os sucessivos triunfos nas épocas de 1936/37/38, tornando o clube tri-campeão, enquanto que a Primeira Taça de Portugal é ganha pelo clube em 1940, alinhando então na equipa o notável atleta, Guilherme Espírito Santo - campeão nacional de futebol e de atletismo pelo Benfica. Outros nomes como Luís Xavier, Francisco Albino, Alfredo Valadas, Francisco Ferreira, Julinho e Arsénio entraram, nesta época para o historial do futebol benfiquista.
 
Na década de 30, outras modalidades, como o ciclismo, lançam atletas de renome como José Maria Nicolau e foi confiada à equipa de hóquei em patins do Benfica a representação oficial do país no Campeonato Europeu. No atletismo sobressaíram Álvaro Martins Vieira, também internacional de râguebi, e iniciaram-se os ultramarinos Matos Fernandes e Tomás Paquete. O desenvolvimento desportivo implicou, obviamente, o aumento das instalações do clube destinadas à prática das diversas modalidades. Em 1925, é inaugurado o Campo das Amoreiras com a lotação de 15 000 lugares, considerado na época um dos maiores da Península Ibérica. Em 1941, o clube volta a mudar as suas instalações, desta vez para o Campo Grande, inaugurado com um imenso desfile dos atletas do clube. Dos dirigentes do clube, destaca-se Manuel da Conceição Afonso, conhecido como o "Presidente-Operário" e várias vezes Presidente da Direcção nas décadas de 30 e 40.

Após a Segunda Guerra Mundial, a época de 1949/50 simbolizou a aposta do clube nos destinos europeus. O Benfica, sob o comando do técnico inglês Ted Smith conquistou então, o Campeonato Nacional e a Taça Latina. Como primeiros internacionais do clube ficaram os jogadores: Bastos, Jacinto, Corona, Arsénio, Rogério e Rosário. Na década de 50, o Benfica soma novos títulos no Campeonato Nacional, em 1950, 1955 e 1957 e na Taça de Portugal, em 1951, 52 e 53. Evidenciaram-se nesta altura jogadores como: José Águas, Coluna, Cávem, Zézinho e outros.
Em 1954, após uma ampla campanha de subscrição de fundos entre os sócios, e sob a presidência de Joaquim Ferreira Bogalho, é inaugurado o Estádio do Benfica (na altura designado por Estádio da Luz), ampliado no decénio seguinte com a construção do Terceiro Anel, oferecido pelo Presidente da direcção Maurício Vieira de Brito.

Na época de 1960/61, mais propriamente a 31 de Maio de 1961, o Benfica sob o comando do técnico Bela Guttman obteve a sua primeira vitória europeia, contra o Barcelona, na Taça dos Clubes Campeões Europeus, título que renovou na época seguinte, em 1961/62, num jogo disputado com o Real Madrid. Jogadores como Costa Pereira, Neto, Cruz, Águas, Coluna Cávem, Simões e Eusébio, entre outros constituíram a equipa que levou o Benfica às vitórias europeias. Eusébio, o "Pantera Negra" considerado um dos melhores jogadores europeus de sempre, tornou-se quase uma instituição quer do Benfica, quer de Portugal.

Nesta época deu-se a expansão da polivalência desportiva do clube, que conquistou títulos nacionais noutras modalidades como: o atletismo, no qual se destacaram, entre outros, António Faria, Cumura, Imboá, Rui Mingas e José Galvão; o hóquei em patins, no qual se destacaram Perdigão, Ramalhete, Mário Lopes, Cruzeiro e Livramento; o basquetebol, no qual se destacaram José Alberto, Joaquim Carlos, Júlio Campos e Armando Simões; e, finalmente, o ciclismo, no qual se destacaram Peixoto Alves, Valada e Firmino Bernardino.

A partir da década de 70, o Benfica incrementou a prática de modalidades, quer a nível profissional, quer a nível amador, como o andebol, o bilhar; o campismo, a ginástica, a natação, a pesca desportiva, o râguebi, o ténis, o tiro com arco e o voleibol. No futebol destacaram-se várias gerações de jogadores: Toni, Néné, Humberto Coelho, Bento, Pietra, Chalana, Shéu, Carlos Manuel, Rui Águas, etc. Na presidência do clube notabilizaram-se os Presidentes: Borges Coutinho, J. Ferreira Queimado e Fernando Martins. O Benfica assume, então, como divisa "Et Pluribus Unum", a águia como símbolo e utiliza, no equipamento principal, as cores vermelho e branco.

Na década de 90, na época de 90/91, o Sport Lisboa e Benfica, com a equipa de futebol, treinada por Sven Eriksson, vence o Campeonato Nacional de Futebol e obtém êxitos na natação, no hóquei, no ténis feminino e no voleibol. A época de 91/92 fica marcada pela eleição do Presidente da Direcção, Jorge de Brito, pela participação da equipa de futebol na taça UEFA, pela Supertaça de Hóquei em Patins e pelas vitórias do basquetebol benfiquista na Taça da Europa. Em 92/93 a equipa de futebol do Benfica vence a Taça de Portugal, o basquetebol e o hóquei bisam os títulos da época anterior, e a equipa de natação masculina ganha o Campeonato Nacional. No Clube inicia-se a prática de Taekwon-Do. Na época seguinte, o Benfica vence o seu 30.o Campeonato de Futebol, sendo semi-finalista na Taça das Taças. Em 1994, sobe à presidência do Clube, Manuel Damásio. O Benfica conquista então títulos, na natação, no atletismo, no andebol, no hóquei e no basquetebol. Na época de 94/95, o basquetebol continua a somar óptimos desempenhos, vencendo todas as provas nacionais e duas vitórias na liga dos Campeões. Na época seguinte, a equipa de futebol vence a Taça de Portugal e o atletismo Masculino, o Basquetebol e o Andebol somam títulos. Manuel Damásio é reeleito para Presidente da Direcção do S.L.B. Na época de 96/97, a equipa de futebol é finalista da Taça de Portugal e o hóquei conquista mais um campeonato nacional.

Na época de 1998/99 preside ao clube João Vale e Azevedo. Em Outubro de 2000, realizam-se eleições para a escolha do novo presidente do clube, Vale e Azevedo foi substituído por Manuel Vilarinho. Manuel Vilarinho esteve na presidência do Benfica durante três anos, tendo sido substituído por Luís Filipe Vieira em Novembro de 2003. Ainda em 2003, no dia 25 do mês de Outubro, o Benfica inaugura o novo Estádio da Luz, que foi escolhido para palco da final do Euro 2004. A festa de inauguração ficou marcada pelo encontro que o Benfica venceu por 2-1 ao Nacional de Montevideo.

A 22 de Maio de 2005, e depois de 11 anos sem ganhar a principal prova de futebol portuguesa, o Benfica conquistou a Superliga ao empatar no último jogo do campeonato com o Boavista no Estádio do Bessa.

Ao longo da sua história, o Sport Lisboa e Benfica recebeu do Governo e de outras Entidades Públicas vários títulos e condecorações, nomeadamente: Instituição de Utilidade Pública, Comendador da Ordem Militar de Cristo, Oficial da Cruz de Benemerência, Cruz Vermelha de Benemerência, Medalha de Ouro e Mérito Turístico, Medalha de Mérito Desportivo, Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa e Medalha da Ordem do Infante D. Henrique.

Real Madrid

realmadrid.png (428×599)

O Real Madrid Club de Fútbol foi fundado a 6 de Março de 1902 sob a designação de Madrid Foot-Ball Club. Os seus fundadores foram um grupo de jovens que haviam frequentado universidades inglesas, onde aprenderam as regras do futebol. O primeiro jogo aconteceu a 13 de Maio desse ano contra o Barcelona, que venceu por 3-1 iniciando aí uma rivalidade que perdurou por décadas.

Em 1920, quando já era o clube mais popular de Espanha e usava o tradicional equipamento totalmente branco, a casa real conferiu à colectividade o título de Real, passando a designar-se Real Madrid Foot-Ball Club. Só entre 1930 e 1938 é que o clube perdeu o título Real por ter sido instaurada a República em Espanha.

Entretanto, em 1931/1932, o Real Madrid conquistou pela primeira vez o campeonato de Espanha, feito que repetiu por mais de vinte oito vezes.

Em 1943, chegou à presidência Santiago Bernabéu, que já havia sido jogador, treinador e dirigente do clube. Uma das suas primeiras medidas foi reconstruir o estádio do clube em Chamartín, que tinha sido devastado pela guerra civil espanhola. A reinauguração aconteceu a 14 de Dezembro de 1947 com um jogo em que o clube madrileno defrontou o Belenenses de Portugal. Em 1954, após diversas remodelações, o estádio ficou com capacidade para cem mil espectadores e, no ano seguinte, foi baptizado de Estádio Santiago Bernabéu. O Real Madrid estava a entrar num dos seus períodos áureos e entre 1956 e 1960 conquistou por cinco vezes consecutivas a Taça dos Campeões Europeus, a competição de clubes mais importante da Europa. No clube actuavam jogadores como Di Stefano, Gento, Kopa, e Puskas.

Santiago Bernabéu foi presidente até 1978, período durante o qual o Real Madrid conquistou dezasseis campeonatos de Espanha, seis taças dos Campeões Europeus e uma Taça Intercontinental. Já na altura, o Real Madrid era considerado por muitos o melhor clube do mundo.

Em 1985, o Real Madrid entrou em novo período áureo, iniciado com a conquista da Taça UEFA (competição europeia de clubes). O clube, onde pontificavam jogadores como Butragueño, Hugo Sanchez, Valdano e Santillana, ganhou cinco campeonatos consecutivos entre 1986 e 1990.
Após um período menos bom, a equipa regressou aos títulos em 1994/95, quando era treinada por Valdano, responsável pelo lançamento no onze principal do jovem avançado Raul. Este viria a tornar-se um dos símbolos do clube.

No ano 2000, ascendeu à presidência do clube Florentino Pérez, que contratou de imediato o português Luís Figo ao Barcelona por doze milhões de contos (cerca de 60 milhões de euros), até então a transferência mais cara de sempre do futebol mundial. Pérez tinha o sonho de formar a melhor equipa do mundo. Logo nesse ano venceu o campeonato, seguindo-se a Liga dos Campeões e a Taça Intercontinetal, em 2002.

A política de Pérez era a de contratar os melhores jogadores do mundo e a Figo sucederam-se o francês Zidane (2001), o brasileiro Ronaldo (2002) e o inglês Beckham (2003). Ainda em 2003, foi contratado o treinador português Carlos Queiroz para orientar a chamada equipa dos galácticos, mas a falta de resultados levou a que fosse despedido. Contudo, os treinadores que se seguiram também não conseguiram recolocar o Real Madrid no caminho dos triunfos, apesar da contratação de estrelas como Robinho ou Michael Owen.

Manchester United


O clube inglês de futebol Manchester United FC foi fundado em 1878, na altura com a designação de Newton Heath, equipa constituída por um grupo de ferroviários. Na altura, a equipa dedicava-se apenas a participar em jogos contra outras formações de ferroviários e não se considerava com qualidade suficiente para ser uma das fundadoras da liga nacional em 1888. Só quatro anos depois, em 1892, o Newton Heath resolveu entrar na Liga inglesa.

No entanto, o clube foi afectado por graves problemas financeiros no início do século XX e esteve perto da extinção, depois de já ter baixado à II Divisão. Acabou por ser salvo pelo dono de uma cervejeira, que investiu no clube. A equipa acabou por mudar de nome e entre Abril e Maio de 1902 passou a designar-se Manchester United.

Em 1906, o Manchester venceu o campeonato da II Divisão e ascendeu à I Liga. Foi então contratado o galês Billy Meredith aos rivais do Manchester City. Este, a par do goleador Sandy Turnbull, foi o grande responsável pela primeira vitória do Manchester no campeonato inglês em 1907/1908. Nesse mesmo ano, o clube ganhou o primeiro Charity Shield ao bater na final o Queens Park Rangers por 4-0. Já em 1909 venceu pela primeira vez a taça inglesa, ao bater o Bristol City por 1-0.

Em 1910 foi inaugurado o estádio Old Trafford, que ainda hoje, após várias remodelações, é utilizado pelo clube. O jogo de inauguração, a 19 de Fevereiro desse ano, frente ao Liverpool, contou com a presença de 80 mil espectadores. O Liverpool ganhou por 4-3.

Em 1911 o Manchester voltou a ganhar o campeonato, mas depois passou por um interregno de mais de 40 anos e só voltou aos títulos em 1951/52.

Em 1956 voltou a conquistar o título, desta vez com uma equipa constituída por jovens jogadores, e, no ano seguinte, participou a convite na Taça dos Campeões Europeus. Logo na primeira participação, em 1956/1957, a equipa inglesa chegou às meias-finais onde perdeu com o Real Madrid, mas voltou a ganhar o campeonato inglês. No ano seguinte, voltou participar na Taça dos Campeões Europeus. Mas, a 6 de Fevereiro de 1958, quando regressava a Inglaterra depois de ter jogado em Belgrado, na Jugoslávia, a equipa foi vítima de um acidente de aviação. Após o reabastecimento do aparelho em Munique, na Alemanha, o avião, na terceira tentativa de levantar voo no meio de intenso nevão, sofreu um problema mecânico e colidiu com uma casa. Entre as 33 vítimas mortais, estavam sete jogadores do Manchester United.

A equipa teve de ser reconstruída e só em 1963 voltou aos títulos, com a vitória na Taça de Inglaterra. Em 1964/65 foi ganho o campeonato, assim como em 66/67. Na temporada posterior conquistou a sua primeira Taça dos Campeões após bater o Benfica por 4-1 no prolongamento. Ao comando da equipa vencedora estava Matt Busby e no onze brilhava Bobby Charlton, ambos sobreviventes do acidente de 1958. Também lá estava George Best um dos melhores jogadores ingleses de sempre.

Entretanto, o Manchester entrou num período de declínio que o levou à descida de divisão em 1974, embora tenha regressado logo em 1975.

A recuperação do Manchester começou a dar-se em 1986, quando chegou ao clube o treinador escocês Alex Ferguson. Após um período inicial pouco frutuoso, deu-se a conquista da Taça de Inglaterra em 1990. No ano seguinte, aconteceu a vitória na Taça dos Vencedores das Taças, com um triunfo sobre o Barcelona, de Espanha, por 2-1. Mark Hughes marcou os dois golos de uma equipa onde também se destacava Paul Ince.

Na década de 90, o Manchester tornou-se num dos clubes mais ricos e poderosos do mundo. Na equipa brilhava o polémico e problemático francês Eric Cantona, principal figura das vitórias nos campeonatos de 93, 94, 96 e 97. Em 1995 esteve suspenso grande parte da temporada e o título foi perdido.

Mas foi já sem Cantona que o Manchester United fez a época mais gloriosa do seu historial, em 1998/99. Nesse ano, ganhou o campeonato e a Taça de Inglaterra, mas principalmente a Liga do Campeões, após uma final emotiva. Apesar de estar a perder por 1-0 a poucos minutos do fim, frente aos alemães do Bayern de Munique, o Manchester deu a volta ao marcador e ganhou 2-1. Na equipa, ainda treinada por Ferguson, brilhavam o guarda-redes Schmeichel e jogadores como Beckham e Giggs.

Nas duas temporadas seguintes o Manchester voltou a triunfar no campeonato.

Em 2002/2003, o treinador português Carlos Queiroz foi adjunto de Ferguson na conquista de mais um título, mas quando se falava na possibilidade de tomar o lugar do escocês no banco, foi contratado para treinar o Real Madrid.

O Manchester continuou a ser uma equipa recheada de estrelas como o avançado holandês Ruud Van Nistelrooy e o português Cristiano Ronaldo, contratado ao Sporting no Verão de 2003.

Lionel Messi

Foto após o seu golo no Barcelona em 2010

Futebolista internacional argentino, nascido a 24 de Junho de 1987, em Santa Fé na Argentina, sagrou-se campeão europeu de clubes na temporada 2005/2006 ao serviço do Barcelona, de Espanha.

Messi iniciou a carreira de futebolista com apenas oito anos no clube argentino Newell's Old Boys, mas aos treze anos mudou-se para Espanha, onde passou a representar o Barcelona. A família de Messi foi viver para a Catalunha de modo a poder pagar um tratamento médico a Lionel. O jovem jogador fez carreira nas camadas jovens do Barcelona. Entretanto, com apenas 16 anos, já tinha feito a sua estreia na equipa principal do Barcelona, ao alinhar no jogo frente ao FC Porto que assinalou a inauguração do Estádio do Dragão, no Porto. Em 2004/2005, passou a representar o Barcelona B, equipa profissional que alinha nos escalões secundários do futebol espanhol, e ocasionalmente a equipa principal do Barcelona, que viria a ser campeã de Espanha. A 1 de Maio de 2005, Messi tornou-se no mais jovem jogador de sempre do Barcelona a apontar um golo no campeonato de Espanha, frente ao Albacete.

No ano seguinte, 2005/2006, já a tempo inteiro no Barcelona, treinado pelo holandês Frank Rijkaard, voltou a ser campeão de Espanha e, ainda campeão europeu de clubes. O Barcelona conquistou a Liga dos Campeões depois de bater na final, em Maio de 2006, o Arsenal por 2-1. Ainda nessa época, conquistou a Supertaça de Espanha. Foi convocado para representar a Argentina no Mundial de Sub-20 que teve lugar na Holanda em 2005, vindo a sagrar-se campeão do mundo. Na final, marcou os dois golos que deram à Argentina a vitória por 2-1 sobre a Nigéria. Messi foi o melhor goleador da competição, com seis golos, tendo ainda sido eleito o melhor jogador.

Em Agosto de 2005 estreou-se na principal selecção argentina, numa partida contra a Hungria, durante a qual foi expulso. Lionel foi um dos convocados para representar o seu país no Mundial de 2006, na Alemanha.

Zé Carioca

Joe Carioca (Zé Carioca), o mais conhecido papagaio do cinema de animação e da banda desenhada, teve a sua primeira aparição em Saludos Amigos (Alô, Amigos) de 1943, seguindo-se The Three Caballeros (Você já foi à Bahia?) de 1945, filmes realizados nos Estados Unidos da América (EUA).

O seu aparecimento foi uma homenagem da Disney à popularidade gozada pelas suas personagens no Brasil, surgindo na sequência de uma visita do próprio Walt Disney a alguns países latino-americanos em 1941. No Brasil, Disney conheceu J. Carlos, um famoso cartunista do Rio de Janeiro que, inspirado numa apresentação de uma escola de samba, fez o esboço de um papagaio fumando charuto, depois finalizado pela equipa dos estúdios Disney.

Para a voz de Zé Carioca foi escolhido um brasileiro residente em Los Angeles, José do Patrocínio de Oliveira, que ficou conhecido como... Zé Carioca!

No início dos anos 40 do século XX, Donald era já muito conhecido participando, desde então, nos mais diversos filmes animados, tendo sido escolhido para protagonizar uma viagem à América Latina, em Alô, Amigos (1943). Neste filme Zé Carioca foi o seu cicerone no Brasil, surgindo também o mexicano Panchito e o argentino Gauchinho Voador. No filme seguinte, Você já foi à Bahia? (1945), estas personagens animadas convivem com actores de carne e osso.

Uma personagem Disney brasileira foi um conceito que agradou à Editora Abril que apresentou em Julho de 1950 o primeiro número da revista O Pato Donald, figurando Zé Carioca e Donald, num desenho do argentino Luis Destuet. Deste modo se estreou a nova editora que, em poucos anos, se tornou uma referência no Brasil. No entanto, a primeira banda desenhada do Zé Carioca só apareceu na mesma revista em Fevereiro de 1951, com "Zé Carioca, Rei do Carnaval" e o primeiro desenhador brasileiro de Zé Carioca foi Jorge Kato, que começou a fazer as suas histórias a partir de 1953.

Em 1961 surgiu a sua própria revista, de periodicidade quinzenal, que alternava com Pato Donald, mantendo a numeração subsequente. Anos depois a numeração foi "separada" para cada um dos títulos, não existindo por isso o número 1 da revista, que na realidade foi o... 479!

Nos primeiros tempos da revista, o material provinha essencialmente dos EUA, onde se publicou em tiras e pranchas dominicais durante algum tempo. Sem um número de histórias que mantivesse o título da revista, a Editora Abril decidiu, em 1972, adaptar histórias de Mickey e de Donald, substituindo as personagens por Zé Carioca e amigos, pelo que surgiram histórias bastante forçadas com o Pateta e apareceram os sobrinhos Zico e Zeca.

Depois, já com as histórias feitas de raiz no Brasil, Zé Carioca volta às suas origens, recuperando-se a eterna namorada Rosinha e o seu milionário pai, Rocha Vaz, criados nos EUA nos anos 40, e surge a famosa Vila Xurupita, um subúrbio do Rio de Janeiro e aparecem os compinchas Pedrão e Afonsinho, sem esquecer Nestor, o fiel companheiro de aventuras.

Uma vez que Zé tinha dívidas por todo o lado, surgiu também a ANACOZECA (Associação Nacional dos Cobradores do Zé Carioca) imprimindo definitivamente um tom brasileiro que fez com que as vendas da revista suplantassem as de Pato Donald.

De entre os autores brasileiros que têm feito as suas histórias, merecem destaque argumentistas como Ivan Saidenberg, Paulo Paiva, Genival de Souza, Gerson Teixeira e Arthur Faria Júnior, e desenhadores como Primaggio, Renato Canini, Rogério Soud, Luiz Podavin, Aluir Amâncio, Gustavo Machado e Paulo Borges.
 
De terno abotoado, laço vermelho, plumagem verde, chapéu de palha (palhinha) e guarda-chuva, preguiçoso, dorminhoco, desleixado, malandro, caloteiro, o inconfundível Zé Carioca tem ainda uma identidade secreta, o Morcego Verde, paródia a Batman, em que julga esconder uma realidade que todos conhecem.

Tim Burton

Produtor e realizador norte-americano, Timothy William Burton nasceu a 25 de Agosto de 1958, na pequena cidade norte-americana de Burbank, no estado da Califórnia. Desde cedo revelou uma aptidão natural para o desenho, chegando a frequentar o curso de Belas-Artes. Depois de ganhar, em 1979, uma bolsa de estudo dos Estúdios Disney, é convidado a trabalhar no seu departamento de animação, numa altura em que os estúdios viviam uma crise de originalidade e não conseguiam que os seus filmes de animação obtivessem bons resultados em termos comerciais. Começa então por colaborar na execução do filme The Fox and the Hound (As Aventuras de Papuça e Dentuça, 1981). O seu talento levou os patrões da Disney a autorizar que Burton colocasse em prática os seus projectos pessoais. Assim, em 1982 realiza Vincent, um pequeno filme de animação com seis minutos de duração, totalmente a preto e branco e dedicado ao seu grande ídolo de infância: o actor Vincent Price, especializado em filmes de terror. A Disney não gostou da atmosfera gótica da obra e mais insatisfeita ficou com o filme seguinte de Burton: Frankenweenie (1984), uma adaptação livre animada do romance Frankenstein de Mary Shelley. A Disney considerou a história do jovem que ressuscita o seu fiel cão totalmente desadequada para o público infantil e retirou a Burton o controlo criativo das suas obras. Burton viu-se obrigado a deixar a Disney, não sem antes colaborar na elaboração do filme The Black Cauldron (O Caldeirão Mágico, 1985) que se viria a revelar um flop comercial. Contudo, o actor Paul Reubens percebeu as potencialidades de Burton e convidou-o para realizar aquele que seria o filme de estreia de uma das personagens mais célebres entre o público infantil americano: Pee-Wee Herman, interpretado pelo próprio Reubens. O filme Pee Wee's Big Adventure (1985) tornou-se um caso de popularidade e permitiu a Burton entrar no mundo de Hollywood com chave de ouro. Com o seu filme seguinte, Burton conheceu grandes níveis de popularidade: Beetlejuice (Os Fantasmas Divertem-se, 1988), uma insólita comédia juvenil centrada na relação entre um fantasma irreverente e um jovem casal recém-falecido. A frenética interpretação de Michael Keaton como protagonista, bem secundado por Alec Baldwin, Geena Davis e Winona Ryder traduziu-se num bom resultado de bilheteira, a ponto de ter sido criada uma série de animação baseada no herói do filme. Os estúdios da Warner resolveram apostar no jovem realizador para dirigir a adaptação cinematográfica do herói de banda desenhada criado por Bob Kane: Batman (Batman, 1989). Burton fez finca-pé junto dos produtores que não desejavam o praticamente desconhecido Michael Keaton para desempenhar o papel do milionário Bruce Wayne. O filme foi um estrondoso sucesso comercial, muito devido à atmosfera gótica de Gotham City e a visão de um herói demasiado humanizado que Burton conferiu a Batman. Aliado a tudo isso, a inesquecível interpretação do vilão Joker feita por Jack Nicholson e a sóbria banda sonora pop da autoria de Prince. Subsequentemente, Burton decidiu apostar num projecto mais pessoal: Edward Scissorhands (Eduardo Mãos-de-Tesoura, 1990), uma fantástica fábula sobre um rapaz artificial (Johnny Depp) que vê o seu criador (Vincent Price, num dos seus derradeiros papéis) morrer, deixando assim a sua tarefa inacabada. O rapaz é adoptado por uma vendedora de cosméticos (Dianne Wiest) que o leva para a sua casa numa pequena cidade dos subúrbios e onde se apaixona pela filha (Winona Ryder) da sua protectora. O filme não foi tão bem sucedido em termos comerciais como o anterior, mas o exotismo da personagem principal e a insólita história de amor que se fazia viver na vida real entre Depp e Ryder levou a que o filme granjeasse rapidamente a aura de título de culto. Muito relutante, Burton aceitou dirigir uma sequela de Batman, Batman Returns (1992), onde o homem-morcego desta vez mediu esforços contra os vilões Penguim (Danny deVito), Catwoman (Michelle Pfeiffer) e Max Schreck (Christopher Walken). O filme desenvolveu uma visão demasiado sombria e gótica do herói, em frequente luta interior, o que provocou um certo desagrado dos produtores. Porém, o filme foi uma vez mais bem sucedido no box-office mundial. Seguidamente, dedica-se a projectos de índole mais pessoal: produz The Nightmare Before Christmas (O Estranho Mundo de Jack, 1993), um filme de animação que viria a tornar-se uma obra de culto, e no ano seguinte realiza Ed Wood, uma biografia daquele que foi considerado o pior realizador de sempre: Edward D. Wood Jr. e a sua relação de amizade com o actor Bela Lugosi. O filme protagonizado por Johnny Depp, Martin Landau (Óscar para o Melhor Actor Secundário) e Bill Murray foi bem acolhido pelos críticos mas mal recebido pelo público. O filme seguinte de Burton também foi um fracasso de bilheteira: Mars Attacks (Marte Ataca!, 1995). Apesar de rodeado de nomes de peso como Jack Nicholson, Glenn Close, Danny deVito, Annette Bening e Tom Jones, o ambiente demasiado pastiche do argumento e a própria temática de um ataque extraterrestre não granjeou simpatias entre o público. Apesar dos fracassos, Burton não se deixou desmoralizar. Rodou Sleepy Hollow (A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, 1999), um policial com acção situada no século XVIII que contou com as participações de Johnny Depp, Christina Ricci, Christopher Walken e Christopher Lee. 2001 marcou o regresso em grande de Burton com uma superprodução de peso: Planet of the Apes (O Planeta dos Macacos, 2001), um remake do filme homónimo rodado em 1968. Nesta nova versão protagonizada por Mark Wahlberg, Helena Bonham-Carter, Tim Roth e Kris Kristofferson, Burton marcou um feliz regresso à ficção científica. Em 2003, realizou Big Fish (O Grande Peixe) que, por alguns considerado como uma obra surrealista, nos traz de novo a inconfundível e inimitável imaginação de Tim Burton. O argumento deste filme centra-se numa intrincada relação entre um pai e um filho, na qual se vivem desencontros, descobertas e reconciliações.

Participam neste filme Ewan McGregor, Albert Finney, Jessica Lange e Helena Bonham Carter, entre outros actores. Charlie and the Chocolate Factory (Charlie e a Fábrica de Chocolate), com Johnny Depp e Freddie Highmore nos papéis principais, viria a ser lançado em 2005 e, no Natal desse ano, Tim Burton voltaria aos grandes erãs com um novo filme de animação, Corpse Bride (A Noiva Cadáver), numa co-realização com Mike Johnson.

Pato Donald

Personagem de animação da Disney, a primeira aparição do Pato Donald numa curta-metragem deu-se com The Wise Little Hen (1934). A concepção da personagem foi fruto da parceria de dois íntimos colaboradores de Walt Disney: Carl Barks e Al Taliaferro. Nessa curta-metragem, Donald surgiu já com os traços que o viriam a celebrizar: o fato de marinheiro preto, o quépi na cabeça e a sua faceta temperamental. O sucesso do filme levou a Disney a autorizar que Donald fosse a personagem principal de uma série de tiras cómicas diárias, publicadas em reputados jornais como o New York Times a partir de 16 de Setembro de 1934. Taliaferro e Bob Karp criaram uma série de personagens coadjuvantes que ajudaram a aumentar a popularidade de Donald: os seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho, a sua namorada Margarida, seu cão Bolívar, o Tio Patinhas, a Vovó Donalda e o seu empregado Gansolino e o seu primo e arqui-rival Gastão. Muita da popularidade de Donald centrou-se na tipificação do seu personagem e na identificação que a faixa etária mais adulta tinha com as suas características psicológicas em plena época de New Deal: um eterno azarado, trapalhão, pouco inteligente, sem um tostão no bolso, humilhado pelo seu patrão e tio Patinhas e condenado a aturar as travessuras dos seus irrequietos sobrinhos. Tal como a maioria das personagens Disney, Donald não tem filiação explícita, nem uma data de aniversário definida. Dele se sabe apenas que foi abandonado ainda bebé à porta da Vovó Donalda, que o criou na sua quinta. Apesar disso, em meados dos anos 40, Donald suplantava em popularidade até o Rato Mickey. A comprová-lo, o êxito de The Three Caballeros (1945), uma longa-metragem produzida por Walt Disney e realizada por Norman Ferguson em que se procurou conciliar animação com actores reais e onde Donald protagonizou um sketch musical juntamente com Zé Carioca e Panchito, personagens criadas por Disney para agradar a um público latino-americano, numa nítida estratégia de marketing. Em 1949, aparece uma revista bimensal sob o título "Donald Duck". Nesta revista, a maioria das histórias são de autoria de Tony Strobl, desenhador da Disney que já havia colaborado em Snow White and the Seven Dwarfs (Branca de Neve e os Sete Anões, 1937), Fantasia (1940) e Pinocchio (Pinóquio, 1940). Strobl coordenava uma equipa que englobava nomes como Paul Murry, Phil DeLara e Jack Bradbury, este último co-responsável com Barks pela revista do Tio Patinhas. O sucesso do Pato Donald na Europa fez-se sentir mais na Itália (onde Donald é conhecido como Paperino), tendo a Disney contratado, em 1959, uma série de desenhadores para elaborar histórias para a personagem. Em 1967, a Disney Itália concebeu a personagem de Superpato, identidade secreta de Donald, variação que foi bem aceite pelo público. Em Portugal, a revista do Pato Donald começou a ser publicada em 13 de Maio de 1981. Mais recentemente, Donald surgiu num pequeno sketch cómico ao lado de Daffy Duck em Who Frammed Roger Rabbit? (Quem Tramou Roger Rabbit?, 1988) e tem sido presença constante na série de animação Duck Tales (1992-2002) para além de curtas-metragens.

Disneyworld

Disneyworld é o nome pelo qual é vulgarmente conhecido o Walt Disney World Resort, um dos mais famosos parques de diversões do mundo e que fica situado nos Estados Unidos da América. Recebe cerca de 40 milhões de visitantes por ano.

O Disneyworld, que é explorado pela Walt Disney Company através da subsidiária Walt Disney Parks and Resorts, foi inaugurado a 1 de Outubro de 1971, em Lake Buena Vista e Bay Lake, nos arredores de Orlando, na Florida. Quando abriu, o espaço tinha 122 quilómetros quadrados mas, progressivamente, foram vendidos alguns terrenos. Mesmo assim, manteve o título de maior parque de diversões do mundo.

A construção do parque começou em 1967 e aquando da inauguração funcionava apenas um parque temático, o Reino da Fantasia. Mais tarde, a este juntaram-se os parques Epcot (1982), estúdios de cinema Disney-MGM (1989) e o Reino Animal (1998). Há ainda dois parques aquáticos (Typhoon Lagoon e Blizzard Beach), seis campos de golfe, um complexo desportivo (Disney's Wide World Sports), uma pista de automóveis, vinte hotéis e diversas lojas e restaurantes. Há ainda locais de entretenimento como a House of Blues e o Planet Hollywood e espectáculos permanentes do Cirque du Soleil. O espaço inclui anda um corpo de bombeiros privativo.

A ideia para a construção do Disneyworld surgiu da cabeça de Walt Disney, em meados da década de 60. O criador de Mickey pretendia fazer um parque de diversões maior do que o Disneyland, que havia sido inaugurado em 1955 em Anaheim, nos Estados Unidos da América.

Walt Disney morreu a 15 de Dezembro de 1966, um ano antes do parque Disneyworld começar a ser construído. Roy O. Disney, irmão mais velho de Walt, anunciou entretanto que o parque se iria chamar oficialmente Walt Disney World, em honra do seu mentor.

Uma das prioridades de Disney era a Experimental Prototype Community of Tomorrow (EPCOT), também conhecida por Cidade do Progresso, uma cidade futurista. Contudo, o parque Epcot só abriu em 1982, juntando-se ao até então único parque temático, o Reino da Fantasia.

O Reino da Fantasia tem por símbolo o Castelo de Cinderella, o Epcot a nave espacial Terra (uma esfera geodésica), os Estúdios Disney-MGM o Chapéu do Feiticeiro e o Reino Animal a Árvore da Vida.
 
O Reino da Fantasia inclui atracções como a Mansão Assombrada, Piratas das Caraíbas (primeiro parque de diversos a dar origem a um filme) e parques relacionados com o Rato Mickey e o urso Winnie the Pooh. No Epcot há vários parques a simular aventuras espaciais e outros relacionados com o conhecimento da Terra e do Espaço. No parque dos estúdios Disney-MGM há espectáculos de duplos de cinema, espaços relacionados com os filmes Indiana Jones e Twilight Zone, entre muito outros relativos à Sétima Arte. Por fim, no Reino Animal são simulados safaris ao Kilimanjaro, expedições ao Everest, descida dos rápidos do rio Kali, viagens ao tempo dos dinossauros, etc.

O parque mais visitado é o Reino da Fantasia, o que o tornou no parque de diversões mais visitado no mundo.
 
Na altura da inauguração trabalhavam 5500 pessoas no Disneyworld, número que viria a subir até aos 58 mil.

Tio Patinhas

Personagem
Personagem da Walt Disney, o Tio Patinhas, considerado o pato mais rico do Mundo, tem acumulada uma fortuna que faz dele o dono de um vasto império empresarial espalhado pelos quatro cantos do planeta.

Sendo originário de uma família escocesa (muito associada à forretice), começou a trabalhar desde pequeno, como engraxador, onde ganhou a sua primeira moeda, a famosa moedinha número 1 que guarda desde então e que se tornou numa obsessão para a malvada Maga Patológica (uma bruxa com poderes mágicos), que está sempre a tentar roubá-la.

A principal casa do Tio Patinhas é a Caixa Forte, edifício imponente e emblemático, de espessas paredes, que se localiza em Patópolis, a imaginária cidade dos patos e das outras personagens Disney. Aí guarda o seu dinheiro num enorme depósito, no qual toma banho e anda de barco. Não dispensa contá-lo ou limpá-lo. Mas tanto dinheiro junto acabará por ser muito cobiçado pelos irmãos Metralhas, que tudo fazem para assaltar a Caixa Forte.

Felizmente que a ajudar o Tio Patinhas a proteger a Caixa Forte estão os seus sobrinhos, o Pato Donald, Huguinho, Zezinho e Luisinho, entre muitos amigos, com os quais partilha inúmeras aventuras.
Embora conhecido por ser pão-duro (forreta, agarrado, sovina, avarento...), o Tio Patinhas também tem bom coração, praticando boas acções, mas raramente reconhece a sua prática.


Banda Desenhada
Uncle Scrooge Mc Duck (traduzido em português para Tio Patinhas) é uma criação de Carl Barks, tendo surgido em Dezembro de 1947, em "Donald Duck's Christmas on Bear Mountain", história em banda desenhada (BD) publicada no número 178 da revista Four Color, dos Estados Unidos da América (EUA).
 
Com o sucesso da nova personagem, ao longo dos anos Barks foi enriquecendo consideravelmente o universo dos patos, criando uma galeria de personagens bem diferentes em termos gráficos mas também de personalidade, entre familiares, amigos e inimigos do Tio Patinhas. Apenas não criou o Donald, a Margarida e a Vovó Donalda, que já existiam.

Carl Barks ficou associado à criação dos sobrinhos de Donald, Huguinho, Zezinho e Luisinho, do Professor Pardal, do Lampadinha, do Gansolino, do Gastão, dos irmãos Metralha, do Patacôncio, da Maga Patalógica e do Silva, o irritante e provocador vizinho de Donald.

Depois de Barks, muitos outros nomes estão ligados à criação de histórias do Tio Patinhas, merecendo destaque os italianos Romano Scarpa, Rodolfo Cimino, Massimo De Vita, Giorgio Pezzin, Giorgio Cavazzano, Luciano Bottaro e Alberto Testa. De resto, em Itália o Tio Patinhas tem muita popularidade. Nos EUA podem ser referidos, entre outros, Jack Bradbury, Tony Strobl, Vic Lockman, Al Hubbard e Don Rosa ou os sul-americanos como Jorge Kato e Victor Arriagada Rios (Vicar).

Quando Don Rosa "tomou" a série em 1987, com a história "The Son of the Sun" (revista Uncle Scrooge n.º 219), regressou em grande parte o fulgor perdido desde a época de Barks, pelas narrativas históricas, desenho muito detalhado e coloração viva, em aventuras de grande fôlego.

Dos muitos suportes que apresentam personagens da Disney (vestuário, material escolar, produtos para o lar, etc.) os desenhos animados são, sem dúvida, os mais importantes, tendo o Tio Patinhas sido adaptado em diversas ocasiões. Ao contrário de outros nomes sonantes da galeria Disney (como Mickey ou Donald), o Tio Patinhas surgiu na BD (em 1947) e não em desenhos animados, nos quais apareceu apenas em 1955, na série Clube do Mickey.

Como títulos mais importantes, merecem destaque Scrooge McDuck and Money, de 1967, curta-metragem de 17 minutos, A Canção de Natal do Mickey, de 1983, a série televisiva Duck Tales (Caçadores de Aventuras), de 1987, e Tio Patinhas em Busca da Lâmpada Perdida (DuckTales: The Movie - Treasure of the Lost Lamp) , esta uma longa-metragem de 1990. Em 2001 surgiu em Disney's House of Mouse, uma nova série de TV.


Tio Patinhas em Portugal
Durante muitos anos as BD da Disney que circulavam em Portugal eram originárias da brasileira Editora Abril, com as histórias do Tio Patinhas a aparecer com muita regularidade, nomeadamente em revistas como Tio Patinhas, Almanaque Disney, Disney Especial, este último temático e de maior número de páginas que os anteriores, e Disney Especialíssimo, volume cartonado contendo dois números do Disney Especial.

Em 1980 surgiu o Almanaque do Patinhas que, em simultâneo com a revista Mickey, se tornou a primeira revista Disney apresentada pelas Edições Morumbi, antecessora da Edimpresa. Estas revistas e outras que surgiram posteriormente, tiveram muito boa aceitação, circulando no mercado nacional em paralelo com o material originário do Brasil. A revista Tio Patinhas (1986) sucedeu ao Almanaque do Patinhas, registando-se também a publicação do Almanaque do Patinhas e do Mickey, sem esquecer vários outros títulos como Disney Especial, Disney Mania ou Hiper Disney.

Para além das revistas, merecem destaque os cinco álbuns editados pela Edinter em meados dos anos 80 do século XX, o volume da Colecção "Os Clássicos da Banda Desenhada", editado em 2004 e distribuído com o Correio da Manhã.

Uma última nota para A Saga do Tio Patinhas, volume inaugural da Colecção "Obras-Primas da BD Disney", editado em 2004 pela Edimpresa, apresentando a obra maior de Don Rosa.
Em termos de aventuras, Don Rosa já "apresentou" Portugal nas aventuras dos patos, quando fez uma história sobre Colombo, "Os Mapas Perdidos de Colombo", em "A Coroa dos Reis Cruzados", sem esquecer "De Eléctrico em Lisboa". Uma outra edição especial, dedicada ao Euro 2004, inclui outra história passada em Portugal, "O Roubo da Taça do Euro", com o Tio Patinhas como personagem principal, mas feita por outros autores.

Embora Carl Barks nunca tenha vindo a Portugal, Don Rosa visitou o nosso país entre 26 de Setembro e 1 de Outubro de 1997, aquando do IX Salão Internacional de Banda Desenhada do Porto, realizado no emblemático Mercado Ferreira Borges.

Toy Story

Filme animado realizado por John Lasseter, em 1995, que iniciou uma nova era no cinema, visto ser a primeira longa-metragem animada totalmente concebida por computador, produzida pela empresa Pixar de Steve Jobs.

Trata-se de um filme onde a imaginação tem um papel primordial. As personagens animadas são brinquedos que ganham vida própria quando se encontram fora do alcance da observação dos humanos. Woody, personagem principal (cuja voz emprestada é a do famoso actor Tom Hanks), e Buzz Lightyear (voz de Tim Allen) nutrem um ódio recíproco causado pelo favoritismo que o dono dos brinquedos demonstra por Buzz.

Este ódio é superado quando se vêem forçados a unir esforços para poderem regressar do mundo exterior para o quarto onde se encontram os seus amigos. Seguiu-se uma continuação, estreada em 1999.